quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Percebo que após o nascimento de meu menino, meu filho, nasceu em mim uma vontade de fazer tudo o que adiei. De manifestar minha verdadeira identidade. De ser quem sou, de maneira que não exista mais postergações e desculpas. Talvez minhas antigas atitudes, da menina que não tinha tempo para nada, que vivia correndo e em processos longos e passionais tenha ficado pra trás. Hoje vejo (e vivencio) a importância da quietude, De, final e cotidianamente, deitar na rede e ler aquele livro que há tempos está na prateleira. Agora com um filho no colo, que me nutre de amor e de tranquilidade.

Ora, a vida acontece aqui e agora e o que esperar dela senão a plenitude do ser em cada ato? É necessário muita reflexão antes de efetuar escolhas. Escolhas estas que podem implicar em resultados para o resto da vida. É preciso saber dizer sim, quando sim, Não, quando não. É preciso silenciar, respirar e assumir responsabilidade pela própria vida, de maneira íntegra e consciente.

Como bater no peito sobre a sinceridade com o outro, se esta se ausentou quando comigo mesma?

Silenciar.
Respirar.
Si-len-ci-ar e confiar.

Que eu manifeste minha força de mudar, consciente que só depende de mim. Que, apesar das adversidades, eu fique cada vez mais atenta aos ensinos que me guiam rumo ao meu destino que é, sim, a felicidade. Aqui e agora.



DiLuz

terça-feira, 28 de julho de 2015





"É vista quando há vento e grande vaga
Ela faz um ninho no rolar da fúria e voa firme e certa como bala
As suas asas empresta à tempestade
Quando os leões do mar rugem nas grutas,
Sobre os abismos, passa e vai em frente
Ela não busca a rocha, o cabo, o cais
Mas faz da insegurança a sua força e do risco de morrer, seu alimento
Por isso me parece imagem justa
Para quem vive e canta no mau tempo"

Epahey, Oyá!

quinta-feira, 18 de junho de 2015


SOBRE O GESTAR

Ao entrar na 30ª semana, sinto-me mais tranquila. Diante do caos inicial - criador de consciência e farol do caminho - aceito a missão. Missão esta que não se refere apenas à maternidade, à criação de um novo ser. Mas da gestação de virtudes e potenciais de mim mesma, providos e gerados no útero, que é sagrado e fértil. Estou gestando uma versão aprimorada de mim mesma: mais madura, mais segura, mais forte. Mulher. Mãe.

É preciso adentrar no espaço íntimo e sagrado do silêncio para que o acalento chegue. Pra que eu me tranquilize mais para o momento do parto. Para que meu filhote, serzinho que me ensinará mais e mais, chegue em um ambiente rodeado de amor, vibrante no peito. Pra que eu assuma e manifeste toda a bem-aventurança em ser mãe: mar de incertezas, escola da vida.

Seja bem vindo, Raphael d'Arcanjo. ♥